A tônica
bíblica a respeito do servo de Deus, presente nas páginas do Antigo e Novo
Testamento é a fidelidade. Israel é o povo de Deus, que não pode se tornar
infiel; a Igreja é o Novo Israel que não pode afastar-se da fidelidade; a
Igreja Cristã ouve nas Cartas ás sete Igrejas (universalidade da Igreja) o
apelo à fidelidade: “o vencedor farei...”, “ sê fiel até a morte e dar-te-ei a
coroa da vida” (Ap 2.10b). Crentes fiéis talvez sejam o maior testemunho para o
evangelismo contemporâneo, tão carecido de autenticidade cristã, que convença
para Cristo e seu Reino.
Crentes fiéis são os que apresentam seus
filhos regularmente ao batismo e cumprem os votos feitos ao Senhor, na
consagração destes a Deus. Vale a pena lembrar o grande número de crianças que
os pais apresentam ao Senhor por ocasião do batismo e que nunca desenvolveram
uma fidelidade que os levassem a confirmar o gesto dos pais, mediante a
profissão de fé; mas grande também é o número de pais que disseram SIM a
Deus no momento do batismo e estão se esquecendo desses votos, em referência
aos seus filhos, que continuam diante de Deus, precisando de crentes fiéis, na
pessoa de seus pais.
Crentes fiéis são os que entregam fielmente
seus dízimos e ofertas ao Senhor. Aos domingos recebemos das mãos fiéis o que
puseram de parte no primeiro dia da semana conforme recomendação da Escritura e
trouxeram seus dízimos e contribuições para o sustento da sua obra. Quantos
sonegam suas contribuições e abandonam a fidelidade que devem ao Senhor, como
se espera dos crentes fiéis na sua Igreja. Quantas causas embaraçadas por alta
de crentes fiéis na entrega dos dízimos ao Senhor! Quantas pessoas terão de
prestar contas de sua infidelidade a Deus! Quantos já tem prestado contas,
mesmo aqui, perante os olhos avarentos e usurários de outros que nem vendo se
convencem!
Um aspecto supremamente válido de nossa
fidelidade é o dízimo, a contribuição, a mordomia do dinheiro, que Deus nos
permite conseguir em nosso trabalho, seja ele qual for. Nossa fidelidade como
mordomos refere-se à toda a nossa vida; mas o lado vulnerável à infidelidade do
crente é sempre a mordomia do dinheiro, que também pertence ao Senhor (Sl 24.1;
Mt 3.6-10; 2Co 9.6-13). Recordamos que:
1) A
Escritura chama nossa atenção, então, para a possessão exclusiva de Deus sobre
a terra, sobre tudo o que no mundo existe, inclusive sobre nós e sobre o que
julgamos nosso ou produto de nossa renda ou trabalho.
2) A
Bíblia indica que os dízimos e as ofertas são o mínimo que nossa vida de culto
nos impõe para o sustento da causa que depende de nossa fidelidade ao Senhor.
3)
No ensino da Palavra está evidente que a infidelidade provoca a condenação de
Deus, que nos pede os nossos dízimos e nossas ofertas, tachamos de “roubadores
do Senhor” aos que não acatam seu ensino (Mt 3.6-10).
4)
Há bênçãos extraordinárias prometidas aos que militam na causa com essa
felicidade, como mordomos do Senhor, a quem “pertence a terra e tudo o que nele
se contém, o mundo e os que nele habitam” (Sl 24.1); o mesmo Deus pode afirmar
“minha é a prata e meu é o ouro”.
5) O
juízo de Deus sobre os infiéis é inevitável, em todos os aspectos da vida
humana e esse é o lado da mordomia cristã evidentemente vulnerável.
6) A
causa se sustenta dessa fidelidade, que impulsiona e propicia vitalidade ao
reino de Deus. Os embaraços que a igreja enfrenta na realização do seu programa
de ação decorrem, muitas vezes, da falta de fidelidade de muitos na entrega dos
seus dízimos e ofertas à igreja.
7)
Faça sua experiência que transcrevemos do autor do folheto sob o título “O Dizimista”
(A. Gotardelo).
Faz 23 anos que redigi estas linhas.
Escrevi-as no dia que me tornei dizimista, e nunca fui infiel em face dessa
decisão. Naquela ocasião entregava á Causa 500 mil réis por mês; hoje, dou-lhe 300 cruzeiros. Quando separei,
na mesa, os 500 mil réis dos 5 contos (meus vencimentos mensais), alguém
exclamou: “Muito dinheiro”. Respondi-lhe: Quanto gastaria eu por mês se
fumasse, bebesse, comprasse gasparino, levasse a família a clubes mundanos,
sustentasse cadeiras cativas em lugares de corrupção social e alimentasse as
vaidades sem o temor de Deus? O desembolso seria maior, e sem as bênçãos da
vida morigerada e piedosa do crente.
Diz a minha experiência que a promessa de Malaquias
3.10 é uma realidade confortadora. Contemos as bênçãos: fui pai de cinco
filhos, e nunca tive problemas com eles, porque estão integrados na vida da
Igreja; três filhas desposaram varões crentes; “eu e minha casa serviremos ao
Senhor”; abraço filhos e netos sadios; formei-me em Letras depois de 40 anos;
tornei-me pastor; fui titulado cidadão honorário de Juiz de Fora; adquiri
propriedade; escrevi dez livros, alguns dos quais correm o Brasil; levantei
templos; pastoreei, gratuitamente, fato que avolumou as rendas e os dízimos,
etc...etc. Escreveria
um volume sobre
experiências e observações relacionadas com a prática do dízimo! Agora, porém,
resta-me dizer; “Bendize ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nem um
só de Seus benefícios” (Sl 103.2|).
Faça uma experiência, irmão! Resolva isso hoje
mesmo!