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Para historiador católico – a reforma foi um movimento de um monge insubmisso e rebelde que se apaixonou por uma mulher e queria casar.
Para historiador secular – a reforma foi conseqüência de uma briga entre os monges dominicanos e agostinianos.
- Para historiador reformado – a reforma foi um movimento do Espírito Santo de Deus que usou de forma tremenda e poderosa Martinho Lutero para promover um avivamento no arraial do povo de Deus.
Obviamente você que ler a história percebe que a reforma foi um grito de liberdade. A igreja manipulava e dominava o mundo: Na política, na economia, nas artes na ciência e na religião. Todo mundo tinha que pensar, crer e aceitar as doutrinas da igreja ou era condenado como herege. Martinho Lutero, filho de camponeses, tornou-se monge agostiniano, mas, continuava um homem sem paz, sem alegria. Buscava com avidez a salvação de sua alma. Aos 29 anos, lendo o texto de Rm. 1;17 “O justo viverá da fé”. Explodiu como uma bomba em seu coração, houve uma compulsão, houve um mover do Espírito de Deus e os olhos de Lutero foram abertos, sua alma foi iluminada. Ali ele descobriu a maravilhosa doutrina da justificação pela fé.
Mas tarde quando o papa Leão X estava construindo a Basílica de São Pedro, seu emissário Tetzel foi a Alemanha vender indulgencias que ofereciam redução das penas do purgatório. Convencido de que o trafico de indulgencias desviava o povo da verdade, oferecendo-lhe falsas esperanças, Lutero decidiu enfrentar este abuso e no dia 31/10/1517 pregou nas portas da catedral de wittenberg as 95 teses contra as indulgencias. As teses combateram o pretenso poder da igreja de ser mediadora entre Deus e o homem, vendendo perdão dos pecados.
Lutero foi excomungado pelo papa e em 1521, na dieta de Worms, foi exigido que se retratasse de tudo aquilo que havia dito e escrito.
Ele respondeu: “ É impossível retrata-me, a não ser que me provem que estou laborando em erro, pelo testemunho das Escrituras ou por uma razão evidente; não posso confiar nas decisões dos concílios e dos papas, pois é evidente que eles não somente tem errado, mas têm se contradito uns aos outros. Minha consciência está alicerçada na Palavra de Deus e não é seguro nem honesto agir contra a própria consciência. Assim Deus me ajude, amém”.
Hoje olhando para a igreja evangélica brasileira percebemos que precisamos com urgência de um avivamento, um mover de Deus para que possamos voltar aos postulados da reforma, pois, a igreja na sua maioria tem se desviado da verdade. Estão fazendo da igreja uma empresa, do evangelho um produto e do púlpito um balcão.
A fidelidade foi substituída pelo lucro. O sucesso tomou o lugar da santidade. A igreja tornou-se um clube, onde multidões se aglomeram para buscar o que gostam e não para receber o que precisam. A mensagem da cruz foi substituída pela pregação da prosperidade. A mensagem do arrependimento foi trocada pelo calmante da auto-ajuda. As glorias do mundo porvir foram substituídas pelos supostos direitos que o homem exige de Deus nesta vida.
Irmãos o lema da reforma é: “Igreja reformada sempre reformando”. Deus abençoe a sua igreja e produza um despertamento em nosso meio para que possamos continuar anunciado o evangelho de Jesus Cristo que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que nele crê.
Pr. Inaldo Peixoto