A sociedade contemporânea nos oferece um banquete vastíssimo com inúmeras espécies de prazer. Mas uma pergunta deve ser feita diante das muitas opções oferecidas: “Quais os prazeres que posso ter que glorificam a Deus”?
Deus deseja que você tenha prazer, mas este precisa estar coerente a Sua boa, agradável e perfeita vontade.
O Catecismo Maior responde a sua primeira pergunta: “O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo plena e eternamente”. John Piper no seu livro “Teologia da Alegria” exclama: “O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus ao gozá-lo plena e eternamente”. “Deus é glorificado em nós quando temos prazer nele”. O Salmo 1.2-3 apresenta o prazer da pessoa feliz:
1. A fonte do prazer: a Palavra de Deus (v. 2). O homem feliz ama a lei de Deus, pois os testemunhos escriturísticos são ricos por ser a voz do Senhor, o Criador de todas as coisas. Enquanto que o homem ímpio tem prazer no conselho dos pecadores, a pessoa feliz tem o seu prazer na Palavra divina. C. S. Lewis disse que nos salmos Deus é o “objeto que a tudo satisfaz”. Seu povo o adora sem constrangimentos, pela “grande alegria” que encontra nele (Sl43.4). Ele é a fonte de prazer completo e infindável: “Na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente” (Sl 16.11). Portanto é necessário ter a mesma atitude do autor do Salmo 119.103 quando expressa: “Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca”. Deus deseja não uma obediência forçada e servil, mas uma mente que esteja disposta e se deleite com as instruções das Santas Escrituras.
2. A expressão do prazer: meditação diária na Palavra de Deus (v. 2). A verdadeira felicidade está conectada com o prazer na Palavra de Deus, que resulta na meditação contínua nas verdades divinas. O amor pela lei de Deus nos conduz a meditação nela, pois todos quantos tem prazer na Palavra e a amam são impulsionados a estudá-la diligentemente. A palavra “meditar” significa “dizer em voz baixa e suave”, e revela a necessidade de refletirmos nas Escrituras. A meditação acontece continuamente: “dia e noite”. Como alimento para a nossa alma, a Palavra de Deus deve ser ingerida por nós diariamente, assim como nos alimentamos para manter o nosso físico cotidianamente. Desprezar a Palavra de Deus é ignorar o próprio Deus. Devemos preferir a Palavra de Deus a todas as outras coisas. Devemos preferir a Palavra aos alimentos (119.103), ao sono (119.55), às riquezas (119.14) e aos amigos (119.23).
3. O resultado do prazer: Ele é abençoado e abençoador (v. 3). Em virtude do solo em Israel ser essencialmente árido, no Antigo Testamento uma árvore frondosa servia como um símbolo apropriado de benção. A pessoa feliz que tem prazer na Palavra e nela medita diariamente é como uma árvore caracterizada pela: a) Estabilidade à Assim como árvores não se plantam sozinhas, para sermos como árvores abençoadas e produtivas precisamos da ação graciosa de Deus. b) Vitalidade à Nas Escrituras a água é uma figura do Espírito de Deus (Jo7.37-39). A pessoa feliz se apropria dos recursos abundantes de Deus, como uma árvore absorve toda a água necessária para ter vida. c) Produtividade à Como a árvore está plantada junto a corrente de águas e um rio retrata a provisão divina de bênçãos espirituais de auxílio para o seu povo, ela consequentemente frutifica. d) Perseverança à Mesmo quando os ventos quentes ressecam tudo o mais, esta árvore continua crescendo porque está junto a um curso perene de águas. e) Prosperidade à Assim como José prosperou no Egito, o homem feliz é comparado a uma árvore viçosa, sempre florescendo porque há água abundante próxima. O homem feliz é ricamente abençoado por Deus e instrumento da benção divina para outros.
Em Cristo, Pr. Jan.
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